quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Engano da Teologia da Prosperidade

Olá caro leitor! Eu gostaria de falar de mais um assunto polêmico e que de vez em quando (quase sempre, hoje em dia) vem à tona nos debates evangélicos, ou até mesmo nos púlpitos das igrejas: A Teologia da Prosperidade. Mas o que é essa teologia da prosperidade? O que ela prega? Como posso afirmar que esta é um engano do Maligno? Essas e outras perguntas vou responder no que se segue...

Pois bem: A teologia da Prosperidade é um conjunto de idéias ou princípios que afirmam que o verdadeiro cristão tem o direito de obter a felicidade integral e de exigi-la enquanto estiver aqui na Terra. Toda essa filosofia surgiu com o Sr. Essek William Kenyon ( Nova York, EUA, 1867), ex-pastor de igrejas batista, metodista e pentecostal influenciado por idéias de seitas cristãs metafísicas que desenvolveu estudos que entre outras coisas tratavam de: poder da mente, a inexistência das doenças e o poder do pensamento positivo. Juntamente com seu discípulo Kanneth Hagin (Texas, EUA, 1918) que aos 16 anos diz ter recebido uma revelação quando lia Mc 11.23,24, entendendo que tudo se pode obter de Deus, desde que confesse em voz alta, nunca duvidando da obtenção da resposta, mesmo que as evidências indiquem o contrário. Isso é a essência da "Confissão Positiva". Foi pastor da igreja batista; da Assembléia de Deus, em seguida passou por várias igrejas pentecostais, e , finalmente, fundou sua própria igreja, aos 30 anos, fundando o Instituto Bíblico Rhema. As idéias de Hagin, que levaram ao estabelecimento da teologia da prosperidade pode ser dividida em três pontos principais:

1) Autoridade espiritual
Segundo K. Hagin, Deus tem dado autoridade (unção) a profetas nos dias atuais, como seus porta-vozes. Ele diz que "recebe revelações diretamente do Senhor"; "...Dou graças a Deus pela unção de profeta...Reconheço que se trata de uma unção diferente...é a mesma unção, multiplicada cerca de cem vezes" (Hagin, Compreendendo a Unção, p. 7)

2) Bênçãos e Maldições da Lei
K.Hagin diz, com base em Gl 3.13,14, que fomos libertos da maldição da lei, que são: 1) Pobreza; 2) doença e 3) morte espiritual. Ele toma emprestadas as maldições de Dt 28 contra os israelitas que pecassem. Segundo essa doutrina, o cristão tem direito a saúde e riqueza; diante disso, doença e pobreza são maldições da lei. Eles ensinam que "todo cristão deve esperar viver uma vida plena, isenta de doenças" e viver de 70 a 80 anos, sem dor ou sofrimento. Quem ficar doente é porque não reivindica seus direitos ou não tem fé. E não há exceções. Pregam que Is. 53.4,5 é algo absoluto. Fomos sarados e não existe mais doença para o crente. Os seguidores de Hagin enfatizam muito que o crente deve ter carro novo, casa nova própria, as melhores roupas, uma vida de luxo.

3) Confissão Positiva
É o terceiro ponto da teologia da prosperidade. Ela está incluída na "fórmula da fé", que Hagin diz ter recebido diretamente de Jesus, que lhe apareceu e mandou escrever de 1 a 4, a "fórmula".
Se alguém deseja receber algo de Jesus, basta segui-la:
1) "Diga a coisa" positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo quiser, ele receberá". Essa é a essência da confissão positiva.
2) "Faça a coisa". "Seus atos derrotam-no ou lhe dão vitória. De acordo com sua ação, você será impedido ou receberá".
3) "Receba a coisa". Compete a nós a conexão com o dínamo do céu". A fé é o pino da tomada. Basta conectá-lo.
4) "Conte a coisa" a fim de que outros também possam crer". Para fazer a "confissão positiva", o cristão dever usar as expressões: exijo, decreto, declaro, determino, reivindico, em lugar de dizer : peço, rogo, suplico; jamais dizer: "se for da tua vontade", pois isto destrói a fé.

Agora, quero que você analise comigo e perceba o quanto a teologia da prosperidade é maldita e diabólica:
 - Primeiramente, devemos compreender que dentro dessa "vã filosofia" Deus é esvaziado da sua Glória, o que contraria totalmente a sua soberania. Em cultos onde prevalece a teologia da prosperidade, os pastores apelam para a "confissão positiva", e verbos como "determinar", "exigir" e "decretar" são fáceis de ouvir na boca das pessoas, repetidos como forma de forçar Deus a ouvir... Absurdo! Em contrapartida, verbos como "pedir", "suplicar", "implorar" são esquecidos..
- A teologia da prosperidade incita o culto ao homem, o antropocentrismo. É comum ver pastores com mensagens que servem apenas para massagear o ego de seus ouvintes, colocando o homem como centro das atenções, retirando de Deus a glória que lhe é devida. A função de um culto baseado na teologia da prosperidade é colocar o homem e suas necessidades em primeiro plano, em detrimento de Deus e sua glória, da salvação por meio de Cristo, mensagens pouquissimamente pregadas em cultos como este.
- Palavras como "Arrependimento","Conversão","Perdão" e "Vida Eterna" nunca estão no vocabulário dos teólogos da prosperidade, sabe por que? Para eles a coroa vem antes do padecer na cruz de Cristo! Onde estão os sermões que falavam de salvação através da Cruz?!
- Até mesmo os hinos chamados "gospel" estão deturpados por essa praga chamada teologia da prosperidade: Qual a palavra que mais se escuta na maioria dos hinos de hoje? VITÓRIA... Mas onde está a cruz? Onde?
- A teologia da prosperidade, um produto importado dos EUA, tem se infiltrado em nosso meio há muito tempo e nós nem percebemos... vem oferecendo um cardápio de benefícios - principalmente aos mais necessitados... Trata-se de um capitalismo disfarçado de religião, que prega que os problemas vão desaparecer e a "vitória" vai chegar quando a sua oferta for colocada no altar... Explora, extorque, suga tudo que o fiel possui, dando-lhe em troca um amontoado de ilusões.

Antes de finalizar, um conselho àqueles que ainda insistem nesse engano: 
Antigamente, nos tempos dos apóstolos, ser cristão, e até mesmo ser pastor, era sinônimo de sofrimento... Ser humilhado, açoitado, aprisionado, e morto, lançado às feras, queimado vivo ou crucificado. Agora, pense comigo: Onde estava a prosperidade desses mártires, que deram suas vidas em nome do evangelho? Será que eles não tinham fé? Ou não eram verdadeiramente crentes? Será que eles eram amaldiçoados? Ora e o que falar daqueles que moram nas favelas do século XXI, que pouco tem para comer ou vestir e mesmo assim, vivem glorificando a Deus e fazendo a sua vontade? Será que eles não são crentes ou será que Deus não olha para eles? 
Ora, o verdadeiro evangelho encontra-se nestes, que adoram a Deus, que o glorificam nas maiores dificuldades dizendo: "Deus me é suficiente"... "A tua graça me basta", assim como disse o apóstolo Paulo... Isso é ser cristão! Isso é adorar a Deus não como alguém que te dá carro, casa e emprego, mas como DEUS, simplesmente, como aquele que é autor e consumador de nossa fé, que nos manda juntar tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não consomem...
Irmãos, livrem-se da teologia da prosperidade, não deixe que invada a tua vida, a tua casa, porque há muitos pregando-a e que se escondem por trás de uma capa de espiritualidade, como os malafaias, macedos, santiagos e soares da vida... Não busque mestres além de Cristo.

Teologia da Prosperidade é doutrina herética, apóstata e nasceu no coração do diabo!

Carpe Diem!


 

2 comentários:

Anônimo disse...

É por isso que a Bispa Sonia da igreja Renascer em Cristo está passando por seu inferno particular: acusada de estelionato dentro e fora do Brasil, um filho em coma há mais de dois anos e vendo mais de 70% dos templos (dela) sendo fechados. Continue neste caminho colega. Caso em algum momento voçê se sentir (solitário) é porque sua rota está correta. Grande abraço. (Joao Ssouza Fh)

romulodias disse...

vivemos na graca do senhor jesus cristo.ao que pregam a teologia da prosperidade um aviso, a terra nao e o ceu,preguem a teologia da salvacao. a paz do senhor

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